Atualizando:
• Batman: The Telltale Series
• Far Cry: Primal
• Watch Dogs 2
• Resident Evil 7: Biohazard
• Battlefield 1
• Deus Ex: Mankind Divided
• DOOM
(2016)
• Mass Effect: Andromeda
• Outlast II
• Prey
(2017)
• Dragon Age: Inquisition
- Jaws of Hakkon
- The Descent
- Trespasser
• The Walking Dead: A New Frontier
• RiME
• Dead Rising 4
• Sniper Elite 4
- Target: Führer
- Deathstorm Part 1: Inception
- Deathstorm Part 2: Infiltration
• Need for Speed
(2016)
• Get Even
• The Division
• Titanfall 2
• Conarium
• >OBSERVER_
Titanfall 2 é dos mesmos criadores de Call of Duty e mostra uma guerra que envolve o controle de robôs "conectados" a pessoas. É aquele típico enredo com um protagonista colocado numa situação inesperada que progressivamente consegue conquistar a confiança de aliados enquanto luta contra uma força maior que ele mesmo. Não que seja ruim, até porque prende a atenção devido aos personagens carismáticos, mas não foge daquele feijão com arroz que muitos estão acostumados.
A jogabilidade é cheia de ação, porém o que distancia de seu irmão mais velho é o controle de robôs que contam com arsenal recheado de alternativas de disparos, ajudando em diversas situações de perigo. Aliás, um grande destaque fica justamente para as armas diversificadas e funcionais, tanto para o humano quanto para seu bicho de lata. Além disso, algumas missões têm propostas diferentes pra variar o gameplay, como quando permite alternar entre passado e presente a qualquer momento, uma experiência tão empolgante que decepciona por abranger apenas um trecho da campanha. Destaco como negativo a mania de querer "pegar na mão do jogador", mostrando direções e o que fazer a quase todo instante!
Os gráficos são bonitos, tendo como ponto positivo os cenários externos bastante exóticos por se passar num planeta alienígena. É importante dizer que a otimização está boa, portanto não apresentou qualquer problema de desempenho como baixa taxa de frames ou stutterings. Já o áudio bem realizado conta com efeitos de tiros, explosões e trilha sonora condizentes com as variadas situações, entretanto a dublagem em PT-BR deixou a desejar e foi nada menos que decepcionante ter sido obrigado a jogar com ela por causa dos textos no mesmo idioma.
Conarium apresenta um enredo intrigante inspirado em obra do H.P Lovecraft, logo deve agradar seus fãs. Basicamente consiste em um grupo de cientistas estudando um artefato deixado por uma civilização muito antiga na Antártica, que aparentemente permite sair do corpo material. Como de praxe, coloque reptilianos e outras criaturas bizarras no caldeirão e mexa bem.
É focado em exploração e narrativa, sem apresentar qualquer situação de combate. Para alguma dificuldade existem puzzles espalhados por toda a campanha que, tirando um ou outro, são bem fáceis de resolver. Justamente por que é um simulador de andar não tem muito o que ser dito sobre jogabilidade, exceto que a movimentação do personagem não me agradou por ser estranha e pesada.
Um ponto interessante é a Unreal Engine 4 demonstrando que até estúdios indies podem criar gráficos muito chamativos, ainda mais quando são artisticamente criativos. Espere cenários bem construídos, como uma pequena base isolada no gelo, cavernas bonitas misturadas com construções estranhas e até mesmo alguns cenários externos... Tudo mostrando boas texturas, efeitos gráficos como Ambient Occlusion, sombras dinâmicas definidas e iluminação bem colocada. Já o áudio se destaca por sons ambientais imersivos e músicas que encaixam bem, mas decepciona quando a dublagem pouco profunda entra em ação.
Por fim, é claro que depende de quais experiências se teve no passado, mas no meu caso após ter enfrentado games como SOMA e Alien: Isolation e franquias como Outlast e Silent Hill, Conarium foi bastante tranquilo de jogar. Talvez ele seja uma boa opção àqueles que querem começar em jogos mais obscuros, pois não pega pesado com sustos e situações muito tensas e feias.
>OBSERVER_ nos leva até um prédio decadente, mas ainda habitado, pra procurar o filho do protagonista que conseuge de se conectar a chips de outras pessoas pra investigar acontecimentos passados. Chegando lá, um bloqueio ocorre e começa a caçada à um assassino que surge inesperadamente. Claro que a partir daí surgem mais elementos que compõem esse universo cyberpunk deprimente, com direito a acontecimentos surreais, empresas malignas e tecnologias que causam atrito entre humanos, resultando em enredo complexo e lore envolvente.
Não espere nada convencional durante a história nem tente casar os acontecimentos com nossa realidade, pois faz parte de um universo alternativo bastante obscuro que dificilmente alguém deseja que aconteça, sendo isso que me prendeu tanto. Os momentos em que se pluga o protagonista em outras mentes são tão perturbadores e psicodélicos que é comum ficar boquiaberto tentando digerir tudo aquilo. Então mesmo que em termos de jogabilidade seja um simulador de andar, ser guiado por essa narrativa instigante e exploração espaçada proporcionou momentos tão interessantes que se converteram em diversão que fez o tempo voar. Digo isso porque Conarium não fez o mesmo.
Os gráficos são ótimos e também alimentados pela Unreal Engine 4. Cada detalhe de iluminação, sombras, texturas e cenários em parceria com o áudio composto por músicas memoráveis, dublagem excelente e efeitos sonoros incríveis criou uma atmosfera verdadeiramente imersiva, fazendo jus ao que se espera de cyberpunk. Esses dois quesitos se encaixaram perfeitamente com o enredo, que inevitavelmente fisga o jogador numa experiência que faz todo o sentido.
Infelizmente é impossível deixar de citar um problema sério com lag: como é um game bem dinâmico e não mostra loadings enquanto joga, o carregamento constante pode gerar oscilações de performance que incomodam. É uma pena porque meu PC rodou tranquilamente acima de 60 fps, exceto quando as quedas súbitas se tornaram presentes em vários momentos mais intensos. Um SDD pode resolver, mas deveria ter sido melhor pensado para funcionar em HDD.